Sem revelar os valores que levaram as agências a estarem nas posições divulgadas, o Conselho Executivo das Normas Padrão (Cenp) divulgou nesta quarta-feira o seu ranking brasileiro de compra de mídia, com informações coletadas por 216 agências brasileiras certificadas pelo órgão, no período de janeiro a dezembro de 2020.

A primeira colocada foi a WMcCann, agência presidida por Hugo Rodrigues.

Com informações incompletas, a lista acaba funcionando mais para vaidade. Tanto é assim que a relação traz outra lacuna a merecer críticas: mesmo sem ter seus números levados a público, 47 agências sequer autorizaram aparecer na relação — inclusive duas entre as primeiras colocadas –, tendo a posição substituída por asteriscos, como nos tempos de censura.

De qualquer forma, um dado pode se perceber na listagem. A absoluta dominância do mercado paulista e a aniquilação dos mercados regionais na publicidade brasileira. Nas 20 primeiras posições — com 18 nomes divulgados — apenas uma agência tem sede fora de São Paulo: a baiana Propeg. Mas que, está presente com escritórios em Brasília e Rio.

No mercado carioca, a primeira aparecer — ao menos entre as que tiveram seus nomes públicos –, foi a 3AW, agência presidida por Roberto de Amarante e que tem, entre seus clientes, a rede de supermercados Mundial. Ela ficou em 38º lugar no ranking nacional.

Ainda sobre as agências carioca, é curioso perceber que a NBS (PPR), no 22º lugar, é citada como agência de São Paulo. E ver que não aparecem na lista a Fullpack, dona da gigantesca conta dos Supermercados Guanabara e a Artplan, que seguramente estariam na listagem das maiores.

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